9 de nov. de 2013

Resumo: Módulo 4 - Altas Habiilidades e Deficiência Mental

ALTAS HABILIDADES
1)    Definição
·         Aptidões biopsicológicas acima dos padrões de desenvolvimento culturalmente aceitos e cientificamente reconhecidos para a faixa etária correspondente.
·         Aluno portador de necessidades especiais: apresenta limitações de ordem física (auditiva, visual, mental, motora), psicológica ou emocional, relativamente à sua faixa etária e aos padrões vigentes.

2)    Avaliação psicológica de alunos
·         Deve ser feita o mais cedo possível, a fim de atender suas necessidades, capacidades e ajustamento socioemocinal.
·         Contextualizar um planejamento pedagógico e/ou orientação educacional junto a uma equipe multidisciplinar.
·         A avaliação deve ser feita com uma visão sistêmica e global do indivíduo e não apenas sua inteligência superior medida por meio de testes de inteligência (medido de maneira abrangente e multidimensional considerando contexto sócio-histórico e habilidades).
·         Avaliação deve permitir sujeito reconhecer e entender o que se passa consigo mesmo, seu potencial e habilidades para desenvolver-se.
·         É o processo científico, limitado no tempo, realizado por um psicólogo.
·         Procura compreender o indivíduo em sua globalidade, utilizando técnicas de entrevista, de observação e de testes psicológicos.
·         O conjunto de informações obtidas pelo psicólogo junto ao aluno, à escola e à família mapeará as condições cognitivas, sociais e afetivas desse aluno, para conduzir uma melhor qualidade de vida.
·         Metodologia:
a)    Entrevista de anamnese com os pais ou responsáveis;
b)    Entrevistas com o aluno em que são aplicados testes de inteligência (Raven e WISC-R);
c)    Instrumentos que avaliam autoconceito e criatividade (Teste Torrance de Pensamento Criativo);
d)    Jogos , brincadeiras, desenhos e produções espontâneas;
e)    Visitas à escola e encontros com os professores;
f)     Ao término é feita uma entrevista de devolutiva aos pais e professores, que serão orientados sobre o desenvolvimento acadêmico, emocional e social.
·         Testes de Inteligência:
a)    Alfred Binet (1857-1911)
(1)  Inventor do primeiro teste de inteligência;
(2)  O teste mensurava o desenvolvimento da inteligência de crianças de acordo com a idade mental;
b)    Lewis Terman (1877-1956)
(1)  Estudo de crianças com altas habilidades;
(2)  Propôs: QI acima de 141 – Genialidade; QI 90 a 109 – Normal.
c)    Raven Standard Progressive Matrices
(1)  Em 2005 foi o teste QI mais usado no mundo.
d)    David Wechsler
(1)  WAIS-III: teste individual mais usado.
(2)  WISC-III: teste de Q.I individual mais administrado em pessoas de seis a dezesseis anos.
(3)  Propôs: QI acima de 127 – Superdotação; QI 91 a 110 – Normal.

3)    O papel da família
·         A maior preocupação esta no descompasso entre desenvolvimento intelectual avançado e o emocional, compatível com a faixa etária.
·         A família deve acompanhar o desempenho do aluno no contexto educacional.
·         Oferecer atendimento às suas necessidades.
·         Receber orientação no processo adaptação às circunstâncias.

4)    O papel da escola
·         O professor é o principal agente pedagógico.
·         A identificação das altas habilidades deve iniciar na sala de aula.
·         O professor pode realizar suas observações e anotações para estimulá-los e facilitar o desenvolvimento.
·         Descobrir o interesse do aluno consiste na questão central para torná-lo motivado, para que demonstre seu potencial e sua criatividade.
·         Possibilitar ao aluno a socialização com os colegas de classe.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL
1)    Definição
·         Funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média (escore em testes de inteligência inferior a 85).
·         Falhas no comportamento adaptador (independência e responsabilidade social esperado para o grupo etário e cultural).
·         Apresentam lentidão no uso da memória, associação e classificação de informações, raciocínio e julgamentos adequados.
·         Alfred Binet classifica as crianças deficientes mentais pelo QI em quatro categorias: idiota, imbecil, débil e retardada.
·         A definição modificam-se ao mencionar o fator adaptabilidade:
a)    Comportamento adaptador: fatores externos à criança, que consistem no quadro ambiental em que o sujeito se desenvolve (se um determinado ambiente cria mais condições do que outro).
b)    Autores concordam que o comportamento adaptador das crianças deficientes mentais pode ser influenciado por treinamento.
c)    É possível minimizar a deficiência mental e até a incapacidade educacional por meio de uma programação educacional ou modificações no ambiente social do sujeito.

2)    Classificação
·         Os testes de inteligência que irão determinar seu grau.
·         Não pode ser reduzido a um número expresso em QI.
·         David Wechsler avalia pelo QI:
a)    QI 100 está na média;
b)    QI acima de 100 são superdotados;
c)    QI abaixo de 100 são infradotados.
·         A forma de avaliação postulada por Binet e Wechsler provocou críticas de vários autores contemporâneos (Piaget, Vygotsky, Luria, Sternberg, Feuerstein, entre outros).
·         Forma mais atual de avaliar DM é proposto por três parâmetros:
a)    Grau de deficiência determinados pelo QI ou estádios piagetianos.
b)    As dificuldades na conduta adaptativa.
c)    O grau de educabilidade (educáveis e treináveis) que determinam as possíveis ações ou intervenções psicopedagógicas.
·         Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV):
a)    DM é um transtorno generalizado do desenvolvimento;
b)    Caracterizado por ter um funcionamento intelectual geral significativamente inferior à média;
c)     Estar ligado a déficits significativos no funcionamento adaptativo;
d)    Ter início antes dos dezoito anos de idade.
e)    Deficiente mental leve
(1)  Corresponde a 85% de toda a população com DM.
(2)  São conhecidos como educáveis e na infância, desenvolvem habilidades sociais e comunicação.
(3)  Poucas dificuldades sensório-motoras.
(4)  Não são diferenciados de outras crianças até em idades mais avançadas.
(5)  Conseguem atingir até a sexta série do ensino.
f)     Deficiente mental moderado
(1)  Corresponde a 10% de toda a população com DM.
(2)  São conhecidos como “treináveis”.
(3)  Podem aprender a falar e a se comunicar.
(4)  Dificilmente passarão da segunda série.
g)    Deficiente mental grave
(1)  Corresponde a 3 a 4% da população DM.
(2)  Dificuldade desenvolvimento motor
(3)  A compreensão e expressão da linguagem se desenvolvidas serão pequenas.
(4)  Podem adquirir hábitos de higiene básica.
(5)  Possuem prejuízo nas áreas da alfabetização e matemática.
h)   Deficiente mental profundo
(1)  Corresponde a 1 a 2% da população DM.
(2)  Têm um funcionamento sensório-motor mínimo.
(3)  Exigem cuidados até o fim da vida.
3)    Causas
·         Infecção ou intoxicação;
·         Trauma ou agente físico;
·         Metabolismo ou nutrição;
·         Doença cerebral grave;
·         Influência pré-natal desconhecido;
·         Anomalia cromossômica ou genética;
·         Distúrbios da gestação;
·         Retardo recorrente de distúrbio psiquiátrico;
·         Influências ambientais;
·         Distúrbios genéticos específicos
a)    Síndrome de Down: leva o sujeito à deficiência mental moderada ou leve, com dificuldades de aprendizagem. Pode ser global (todas as células afetadas) ou mosaico (algumas células afetadas).
b)    Fenilcetonúria: leva ao retardo mental grave, traz dano severo ao cérebro em formação.
·         Fatores teratogênicos (relacionados ao ambiente)
a)    Intrínsecos: incidência da Síndrome de Down na família e idade avançada dos pais;

b)    Extrínsecos: Irradiações, Doenças maternas, álcool, chumbo (tinta de parede).

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