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9 de nov. de 2013

Resumo: Módulo 5 - Deficiência Física e Motora

DEFICIÊNCIA FÍSICA
1)    Definição
·         Disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou dois membros: superiores, inferiores ou ambos.
·         Paralisia: perda da capacidade de contração muscular voluntária por interrupção funcional ou orgânica na via motora (do córtex cerebral até o próprio músculo). É quando todos os movimentos em tais proporções  são impossíveis.
·         Paresia: movimento que está limitado ou fraco. A motilidade se mostra num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, à precisão do movimento, amplitude e à resistência muscular localizada.

2)    Classificação das paralisias
·         Monoplegia: um membro é afetado, é raro.
·         Diplegia: membros superiores afetados.
·         Paraplegia: membros inferiores afetados, resultante de lesão medular torácica ou lombar, altera a função medular e produz além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.
·         Hemiplegia: membros do mesmo lado são afetados.
·         Triplegia: três membros são afetados, é raro.
·         Tetraplegia/quadriplegia: todos os membros são afetados, apresenta lesões na sexta e sétima vértebra.

3)    Causas
·         Paralisia cerebral: deficiência da função motora devido a uma lesão cerebral no momento do parto. A criança pode apresentar níveis de mobilidade e ter sua vitalidade e aparência física comprometidas. (prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, subnutrição).
·         Hemiplegias: Por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral e outras.
·         Lesão medular: por ferimento de arma de fogo, arma branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas, traumatismos diretos, quedas, processos infecciosos, processos degenerativos, entre outros.
·         Amputações: causas vasculares, traumas, malformações congênitas, causas metabólicas, outras.
·         Distrofia muscular: fraqueza progressiva e atrofia dos músculos do esqueleto. Afeta a mobilidade, vitalidade física e aparência comum (autoimagem).
·         Malformação congênita: Presente no nascimento, qualquer defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento por causa genética, ambiental ou multifatorial.
a)    Programação genética imperfeita;
b)    Fatores ambientais alteraram a formação.


DEFICIÊNCIA MOTORA
1)    Definição
·         É o resultado da maturação de alguns tecidos nervosos, aumento do tamanho e complexidade do sistema nervoso central (SNC), crescimento de ossos e músculos.
·         A aquisição das habilidades motoras básicas ocorre com uma sequência previsível de desenvolvimento, apesar da diversidade devido aos fatores socioculturais.
·         Existem situações em que a variabilidade ultrapassa o limite normal, adquirindo características de desvio, chamada deficiência motora.
·         É um atraso excessivo (desordem orgânica) na aquisição de habilidades motoras básicas. As razões dessa condição são múltiplas, e seus processos, particulares.
·         A criança pode ter aprendido as habilidades motoras básicas, entretanto, sua reconstrução na forma de habilidades funcionais que permitam interagir plenamente com seu ambiente natural e social, não ocorreu.
·         Na década de 80 essa deficiência passou a ser Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).
·         De acordo com DSM-IV podemos classificar o TDC pelos seguintes sintomas:
a)    Comprometimento do desempenho de atividades diárias tendo por base a idade cronológica e a inteligência;
b)    Propensão para deixar cair objetos;
c)    Baixo desempenho em atividade desportiva;
d)    Grafia insatisfatória;
e)    Rendimento escolar afetado significativamente;
f)     Fraco desempenho de rotinas diárias.
·         Transtorno específico do desenvolvimento motor
a)    Comprometimento grave do desenvolvimento da coordenação motora;
b)    Não atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou afecção neurológica específica, congênita ou adquirida;
c)    Sinais que evidenciam imaturidade acentuada do desenvolvimento neurológico;
·         CID-10 o Transtorno Específico do Desenvolvimento da Função Motora
a)    Principal característica é o grave comprometimento da coordenação motora;
b)    Não está diretamente ligada ao retardo intelectual global ou a qualquer transtorno neurológico, congênito ou adquirido;
c)    Compromete a execução de tarefas cognitivas visoespaciais e resulta em dificuldades no desempenho acadêmico, sociais e emocionais;
d)    A ausência de sinais neurológicos clássicos leva a uma atitude de incredulidade diante do problema, negligenciando-se a sua existência ou a crença de recuperação do estado de dificuldade motora.

2)    Estudo do desenvolvimento motor:
·         Área médica: investigar determinantes que levam à ocorrência do problema.
a)    Antecedentes ou fatores presentes nos momentos iniciais da vida;
b)    Condições do nascimento (peso, idade de gestação, asfixia perinatal);
c)    Condições do recém nascido durante as primeiras semanas;
d)    O desenvolvimento até o início da escolarização.
·         Área psicopedagógica: investiga o impacto do TDC, no primeiros anos escolares, sobre o futuro escolar durante a adolescência.
·         Em ambas as áreas os autores são unânimes em afirmar que as crianças portadoras de TDC não se recuperam de suas transtornos motores espontaneamente.
·         Pode haver diminuição natural com o passar dos anos, mas não a sua eliminação.
·         Levando-os a receber rótulos ou apelidos e a um comprometimento de sua autoestima.
·         Por isso o professor deve estar atento a fim de realizar diagnósticos, fazer encaminhamentos e propor atividades pedagógicas direcionadas às dificuldades da criança.

3)    Intervenção Educacional
·         No momento em que nasce uma criança com deficiência, ocorre na família, em especial com os pais, uma “morte simbólica”.
·         Os projetos e as fantasias sobre o bebê precisam ser reelaborados e novas perspectivas construídas.
·         Nem sempre os pais estão preparados, por isso é necessário o apoio teórico-afetivo de uma equipe especializada (médicos, psicólogos, pedagogos, etc).
·         Atitudes de ansiedade e angústia do meio familiar e reações de curiosidade, piedade e rejeição do meio social, podem acarretar uma fragilidade afetiva na criança.
·         A criança começa seu percurso vital com grande defasagem em relação às outras consideradas “normais”, pois quando a área motora ou sensorial não se desenvolve, outras áreas podem ser afetadas.
·         Os objetivos de intervenção pedagógica tanto escolar como familiar:
a)    Dotar a criança de máxima independência pessoal, mediante o desenvolvimento físico;
b)    Proporcionar à criança meios de expressão eficientes;
c)    Favorecer a criação de hábitos de estudo e trabalho;
d)    Oferecer uma sólida formação humanística integral;
e)    Impulsionar a capacidade de expressão por meio da criação artística;

f)     Preparar a criança para o exercício responsável da liberdade.

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