9 de nov. de 2013

Resumo: Módulo 8 - Intervenções em Rede, Psicologia e Assistência Social no contexto Educacional


1.    Educação Inclusiva
·         Não deve ser entendida como um movimento que atende somente alunos deficientes na escola regular.
·         Possibilidade de garantir acesso a todos ao ensino formal, incluindo alunos excluídos por serem entendidos como não ideais pela sociedade e aqueles cuja condição social impede o acesso:
a.  Quilombolas, índios, ribeirinhos;
b.  Situação de vulnerabilidade social – exploração do trabalho, liberdade assistida, miséria ou pobreza, abuso sexual e prostituição;
c.   Hospitalizados;
d.  Diversidade linguística.
·         Como atender essa demanda? Há necessidade de agregar a escola: psicólogos, pedagogos com especialidade em deficiência, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais.
·         O trabalho interdisciplinar traz grandes possibilidades de sucesso, tornando indispensável a existência de “redes de apoio” para acolher todas as crianças na escola.
·          A Rede de Apoio propõe “a interface entre as áreas da saúde e educação, que tenham como propósito a união de esforços e recursos relacionados à inclusão escolar” (MEC, 2005, p 45).
a.   Necessário objetivo e princípios explicitados;
b.   Envolvidos tenham plena consciência de suas funções e possibilidades;
c.Prática que abarque o atendimento a diversidade;
d.   Oferecimento de serviços de saúde, educação e assistência social em busca de caminhos inclusivos;
e.   Funciona intersetorialmente e interdisciplinarmente;
f. Compete levantar às necessidades específicas da escola.

2.    Ensino Colaborativo
·         Consiste no trabalho de parceria entre educadores da escola comum e professores especialistas.
·         É um trabalho em rede, pois é um grupo de profissionais que trabalha para atender a escola ou o aluno em uma ação conjunta.
·         Pode contribuir com o processo de escolarização de alunos com deficiência e com a formação dos professores desses alunos.
·         Mendes, 2006, diferencia dois modelos:
a.  Consultoria colaborativa:trabalho de suporte de profissionais à escola, que prestam serviço de orientação para melhorar as condições de ensino.
b.  Ensino colaborativo:situação em que duas professoras trabalham em colaboração, a professora de ensino regular, responsável pela sala de aula e a professora especialista que juntas buscam aperfeiçoar estratégias que já eram utilizadas pela professora regular, criação de novos manejos no planejamento de atividades e melhoria na acessibilidade.

3.    Trabalho de suporte em Psicologia
·         A psicologia sempre esteve implicada com a educação, inicialmente os psicólogos atuavam apresentando padrões normativos de desenvolvimento e aprendizagem, contribuindo para a exclusão escolar.
·         Com o aprofundamento do conhecimento sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem, viu-se que estes podem ter causas sociais e não individuais.
·         Olhar intenso nas dimensões subjetivas implicada na temática de institucionalização da sociedade.
·         Socializar os direitos humanos por meio do ensino e da educação.
·         Defender, proteger e interceder em ações que impliquem em prejuízo para a saúde mental do homem.
·         No atendimento clínico e sua interlocução com o contexto escolar não patologizar as relações.
·         Na atuação no contexto escolar participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico trazendo a importância de projetos que abordem à diversidade humana.
·         Outra importante contribuição é no reconhecimento de barreiras atitudinais e contribuir para sua superação.
·         Com a família discutir e facilitar a reflexão dos papéis parentais, devolvendo-lhes a confiança no seu desempenho.
·         Ao intervir com o professor deve impulsionar questionamentos da práxis educacional, levando a ressignificação das necessidades de cada aluno, com possíveis adaptações. Relações horizontais onde ele próprio perceba suas possibilidades de intervenção.
·         função do psicólogo diante das questões escolares é, por meio da problematização com os profissionais da instituição de suas concepções e práticas, procurar romper relações cristalizadas, gerando novas conexões com outras formas de sensibilização, com outros saberes e práticas, gerando saúde (MEC, 2005, p.33)
·         Araújo e Almeida, 2005, abordam a fases de intervenção após mapeamento:
a.   Escuta psicológica: ater-se as “vozes institucionais” para atender aspectos subjetivos da instituição.
b.   Assessoramento do trabalho coletivo:indicam criação de espaços de interlocução, instrumentalização da equipe e valorização do docente.
c.Acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem: promover situações didáticas condizentes as necessidades dos alunos, enfocando a análise do processo de modo bidirecional e construindo alternativas teórico-metodológicas de avaliação diversificadas.

4.    Trabalho de suporte em Serviço Social
·         Incialmente (déc. 30)havia um pensamento assistencialista católico aliado ao movimento higienista (identificar o aluno “bom” e “mau”).
a.   Padrões da psicometria
b.   Eugenia
c.Modelo católico e ibérico de família
d.   Políticas públicas assistencialistas, compensatórias, segregacionistas e excludentes.
e.   Perpetua-se até a redemocratização brasileira no final da dec. de 80 por meio da Constituição brasileira de 1988.
·         Atualmente inúmeras crianças, jovens e adultos enfrentam as mais diversas dificuldades de acessoe permanência no ensino público:
a.  Falta de unidades escolares próximas à residência,
b.  Transporte precário,
c.  Falta de estrutura para atender as mais diversas necessidades especiais,
d.  Condições de vulnerabilidade social e econômica.
·         PNAS, LOAS e SUAS constituem instrumentos legais que, impõe ao Profissional de Serviço Social a condição de formulador e executor destas novas políticas de garantia de direitos nos mais diferentes campos e especificamente no campo da educação.
a.   Garantia do direito de acesso e permanência de alunos de ensino fundamental e demais níveis nas escolas públicas,
b.   Apoio à família e comunidade escolar a fim de contribuir para que se efetivem as metas de um ensino público de qualidade e inclusivo.
·         O compromisso dessa categoria profissional com a emancipação humana e sua inegável ação no contexto social, e a implicação desse contexto em oferecer condições para que haja uma Educação Inclusiva.
a.   Intervenção dos assistentes sociais junto a famílias de alunos com deficiência e junto aos alunos em situação de vulnerabilidade social requer certa especificidade
b.   A garantia do direito à inclusão requer um conjunto de ações por parte da comunidade escolar, a fim de suprir aspectos objetivos e subjetivos
c.O CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) podem ser utilizados para realização de grupos com as famílias de alunos com deficiência ou em situação vulnerável, buscando a sua inclusão, bem como a de seus pais.

d.   O profissional tem como objetivo identificar os fatores sociais, econômicos e culturais que venham a determinar a problemática no campo educacional, propondo ações que possam contribuir para a permanência de todos os alunos a escola.

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