24 de set. de 2014

Resumo - Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício Parte I, II e III.





Autor(es)
Weinberg, Robert S; Gould, Daniel.
Artigo
Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício.


PARTE I
*      A psicologia do esporte e do exercício consiste no estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e na aplicação prática desse conhecimento.
*      Os psicólogos do esporte e do exercício procuram entender e ajudar atletas de elite, crianças, indivíduos física e mentalmente incapacitados, idosos e praticantes em geral a alcançarem desempenho máximo, satisfação pessoal e desenvolvimento por meio da participação.
*      Pesquisadores têm duas metas principais:
o   (a) entender como os fatores psicológicos afetam o desempenho motor;
o   (b) entender como a participação na atividade física afeta o desenvolvimento psicológico.
*      1965: O primeiro Congresso Mundial de Psicologia do Esporte é realizado em Roma.
*      Desde 1970, também patrocina o International Journal of Sport Psychology (IJSP). O mérito por grande parte do desenvolvimento da psicologia do esporte é atribuído ao psicólogo do esporte italiano Ferruccio Antonelli, que foi o primeiro presidente dessa sociedade e o primeiro editor do jornal.

*      Teoria da Facilitação Social (Zajonc, 1965)- Ele notou que quando as pessoas realizavam tarefas simples ou tarefas que conheciam bem, ter uma plateia influenciava positivamente o desempenho. Entretanto, quando as pessoas realizavam tarefas desconhecidas ou complexas, ter uma plateia prejudicava o desempenho. Em sua teoria da facilitação social, Zajonc defendia que uma plateia provoca a ativação do executante, o que prejudica o desempenho de tarefas difíceis que não foram aprendidas (ou bem aprendidas) e ajuda o desempenho de tarefas bem aprendidas.
*      Orientação psicofisiológica: estudam comportamentos por meio de seus processos psicofisiológicos subjacentes que ocorrem no cérebro (p. ex. técnicas de biofeedback).
*      Orientação sociopsicológica: se focalizam em como o comportamento é determinado por uma interação complexa entre o ambiente e a constituição pessoal (p. ex. capitão time favorece coesão grupo).
*      Orientação cognitivo-comportamental: pressupõe que o comportamento é determinado tanto pelo ambiente como pela cognição e que os pensamentos e as interpretações desempenham um papel especialmente importante (p. ex. avaliar autoconfiança, orientação para objetivo, motivação intrínseca).





PARTE II

*      Personalidade: é a soma das características que tornam uma pessoa única. O estudo da personalidade ajuda-nos a trabalhar melhor com alunos, atletas e praticantes.
1.      Núcleo psicológico – nível mais básico, profundo e estável, inclui atitudes, valores, interesses e motivações, como também, crenças sobre si e autoconhecimento, seu “eu real”.
2.      Respostas típicas – aprendemos a nos ajustar ao ambiente, resposta ao mundo a nossa volta.
3.      Comportamento relacionado ao desempenho de papéis – aspecto mais variável da personalidade, muda à medida que mudam as percepções do ambiente (p. ex. papel aluno, funcionário, pai, filho).
*      Estudo da Personalidade a partir de 5 pontos de vista:
1.      Abordagem Psicodinâmica – Freud/Jung/Erickson, determinantes inconscientes do comportamento Id (impulsos instintivos) como eles entram em conflito com os aspectos mais conscientes da personalidade superego (cs moral) ou com o ego (personalidade cs). Centrada pessoa como um todo do que traços isolados.
2.      Abordagem Traço – unidades fundamentais personalidade (traços) são permanentes e consistentes em diversas situações. Consideram que as causas dos comportamentos residem dentro da pessoa, minimizando o papel de fatores situacionais ou ambientais.
3.      Abordagem Situacional – comportamento é em grande parte determinado pela situação ou ambiente. Deriva da Teoria da Aprendizagem Social (Bandura), explica comportamento em termos de aprendizagem por observação (modelagem) e reforço social (feedback), que moldam como você se comporta.
4.      Abordagem Interacional – considera a situação e a pessoa (traços pessoais) como co-determinantes do comportamento, interagindo para influenciar este.
5.      Abordagem Fenomenológica – orientação mais popular atualmente. O comportamento é melhor determinado considerando-se as características situacional e pessoal, entretanto não busca traços e sim entendimento e a interpretação da pessoa de si mesma e de seu ambiente.


      Psicodinâmica       de Traço      Interacional             Fenomenológica         Situacional
      ß-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------à 
    Internamente determinada                                                  Determinada pelo ambiente
 
 





*      Exercícios e níveis aumentados de condicionamento parecem estar associados com aumentos na autoestima, especialmente entre indivíduos incialmente com baixa autoestima.
*      Ativação: intensidade das dimensões de motivação em determinado momento. A intensidade da ativação ocorre ao longo de um continuum (nem um pouco excitado – completamente excitado).
*      Ansiedade: estado emocional negativo caracterizado pelo nervosismo, preocupação e apreensão associado com ativação ou excitação do corpo.
o   Ansiedade-estado: estado emocional temporário, em variação, com sentimentos de apreensão e tensão conscientes, acompanhados por ativação do SN autônomo.
§  Ansiedade-estado cognitiva – grau em que a pessoa se preocupa ou tem pensamentos negativos.
§  Ansiedade-estado somática – mudanças de momento a momento na ativação fisiológica, não é necessariamente a mudança, mas a sua percepção.
o   Ansiedade-traço: faz parte da personalidade, é uma tendência ou disposição comportamental de perceber como ameaçadoras uma ampla variedade de circunstâncias que objetivamente não são realmente perigosas.
*      Estresse: desequilíbrio substancial entre as demandas físicas e psicológicas impostas a um indivíduo e sua capacidade de resposta, em condições nas quais a falha em satisfazer tais demandas tem importantes consequências.
o   Estágio 1 – Demanda Ambiental: demanda é imposta física e/ou psicológica.
o   Estágio 2 – Percepção da Demanda: percepção frente a demanda, o nível de ansiedade-traço influencia a forma como ela percebe o mundo.
o   Estágio 3 – Resposta ao Estresse: respostas físicas e psicológicas da situação, e a faz sentir ameaçada o resultado será o aumento da ansiedade-estado.
o   Estágio 4 – Consequências Comportamentais: comportamento real do indivíduo sob estresse. O estágio final realimenta-se no primeiro
o   Fontes de Estresse Situacionais: importância do evento/competição e incerteza a cerca do resultado/avaliação do evento.
o   Fontes de Estresse Pessoais: ansiedade-traço elevada; baixa autoestima e ansiedade física social (corpo é avaliado).

Parte III
*      Competição: processo social que ocorre quando são dadas recompensas às pessoas com base em seu desempenho comparado a de outros indivíduos que estejam realizando a mesma tarefa/evento.
*      Cooperação: processo social que ocorre quando são dadas recompensas em termos de realização coletiva de um grupo que trabalha junto para alcançar determinado objetivo.
*      Para Martens competição envolve um processo que engloba 4 estágios:
1)     Situação competitiva objetiva: padrão para comparação de que deve ser conhecido.
2)     Situação competitiva subjetiva: modo como a pessoa percebe, aceita e avalia a situação competitiva objetiva.
3)     Resposta: enfrentar ou evitar a situação, ocorre nos níveis comportamental, fisiológico e psicológico.
4)     Consequências: positivas ou negativas, de sucesso ou fracasso.
       

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