20 de nov. de 2013

Resumo: Psicanálise - Conceitos Winnicottianos

1.    Desenvolvimento Emocional e Ambiente Facilitador

·         O bebê não constitui uma unidade em si mesmo.
·         A unidade se constitui como uma organização entre o indivíduo e o meio ambiente, que é representado inicialmente pela mãe ou cuidador.
·          Este ambiente é facilitador ao prover cuidados ao bebê que serão a base da saúde mental.
·         Ao nascer possui um conjunto desorganizado de pulsões, instintos, capacidades motoras e perceptivas que com o desenvolvimento, integram-se até atingir uma imagem unificada de si e do universo exterior.
·         As necessidades da criança nos primórdios são absolutas.
·         A origem da vida psíquica ocorre com a criança gradualmente criando um meio ambiente pessoal, movimentando-se da dependência absoluta para a dependência.
·         Há a necessidade de uma mãe suficientemente boa junto à criação de um espaço de proteção que permitirá que a vida psíquica se constitua, que a criança possa, com a sua vida pulsional, caber em si, no seu corpo.

2.    Maturação Emocional

·         Bebê nasce em um estado de não-integração. Os núcleos do ego estão dispersos.
·         A meta é a integração dos núcleos do ego e a personalização (sensação de que o corpo aloja o VSelf).
·         O objeto unificador é a mãe e a sua atenção (holding).
·         Bebê não integrado através do cuidado materno e experiências de satisfação instintual (prazer) provocam a integração do ego, até constituir-se como self integrado.
·         Integração: É obtida através de duas séries de experiência
a)   Sustentação da mãe: “recolhe os pedacinhos do ego” permitindo que a criança se sinta integrada dentro dela.
b)   Atividade mental do bebê: adquire noção do mundo e diferencia o “eu” do “não-eu”. Há cuidado para não sentir o exterior como ameaçador e perseguidor, isto é adquirido pelo desenvolvimento sadio e cuidado amoroso da mãe.
·         Personalização: Alcance de um esquema corporal, denominado de unidade psique-soma. 
·         Adaptação à realidade: A mãe tem o papel de prover a criança com os elementos da realidade com que irá construir a imagem psíquica do mundo externo.
a)     A mente se desenvolve através da capacidade de compreender e compensar as falhas.
b)     É a medida que o ambiente falha que começa a existir para o bebê enquanto realidade.
c)     É de fundamental importância que a mãe possa fornecer um fracasso gradual da adaptação para que a função mental do bebê se desenvolva satisfatoriamente.
d)     O resultado será a capacidade do sujeito de cuidar de seu self, atingindo um estágio de dependência madura.
e)     Quando o ambiente não proporciona os cuidados psicológicos o indivíduo assume o controle, o que pode ocasionar um distanciamento do VSelf.
f)      Em estado de saúde a mente não usurpa as funções do meio, mas possibilita uma compreensão e eventual aproveitamento de sua falha relativa.

3.    Cuidado Materno

·         Mãe suficientemente boa:
a)   evita imprevistos e se adapta às necessidades da criança, provendo um “ego auxiliar” que permita ao bebê integrar suas sensações físicas, os estímulos do ambiente e capacidades motoras nascentes.
b)   Cria condições favoráveis para o sentimento de unidade entre duas pessoas.
c)    Responde a onipotência do bebê e pode lhe dar sentido, “emprestando” força ao ego incipiente para dar vida ao verdadeiro self.
·         Mãe insuficientemente boa:
a)   A mãe que não é capaz   de acolher e interpretar as necessidades do bebê gerará o falso self, onde as percepções e atividades motoras são apenas resposta diante ao perigo exposto.
·         Preocupação Materna Primária: estado temporário de fusão entre mãe e bebê, necessário para o início da vida.
a)   Cisão com a realidade para estabelecer a relação com o bebê.
b)   Três características:
o   sensibilidade exacerbada
o   Amnésia
o   Memória reprimida
c)    Dependência do bebê e preocupação da mãe causam equilíbrio na relação.
d)   Necessita de um ambiente facilitador para estar neste estado psíquico.
e)   Bebê ajuda a mãe a sair deste estado respondendo aos seus cuidados, junto a força de ego da própria mãe.
·         Dependência absoluta: quando o bebê é totalmente dependente da mãe, ela dá a ilusão de que o seio é parte do corpo do bebê, fomentando a sensação de controle mágico do bebê sobre o objeto externo.
a)     Mas a criança não pode ficar eternamente presa a esse pensamento onipotente.
b)     É necessário a internalização de cuidados e de confiança nestes cuidados, aumentando a capacidade de suportar falhas e ausências.
c)     Cabe a mãe promover de forma progressiva a desilusão que levará o bebê ao princípio de realidade.
·         Dependência relativa: capacidade do bebê de esperar, de aguardar a satisfação de necessidades e desejos. O registro de cuidados recebidos se desdobra na possibilidade de cuidados consigo mesmo, relativizando a dependência com o meio.

4.    Holding

·         Protege contra a afronta física (tato, temperatura, sensibilidade auditiva, visual, quedas).
·         Inclui toda a rotina de cuidados ao longo do dia e noite.
·         Compreende em especial a sustentação da criança nos braços, que constitui uma forma de amar.
·         É o fator que decide a passagem do estado de não-integração do recém nascido, para posterior integração.

5.    ObjetoTransicional

·         Primeira possessão não-ego (não-eu), não faz parte da mãe e nem do bebê, mas, ao mesmo tempo compreende ambos.
·         Representa a mãe e deve ser vivenciado como um objeto bom.
·         Têm um caráter de intermediação entre o seu mundo interno e o externo.
·         Recebe três usos diferentes:
a)     Processo evolutivo, como etapa do desenvolvimento.
b)     Vinculada as angústias de separação e as defesas contra elas.
c)     Representa um espaço dentro da mente do indivíduo.
·         Pode também desenvolver-se de forma patológica e anormal.
·         Ocupa um lugar de ilusão, é conservado pela criança (diferente do seio), e é ela que decide a distância entre ela e o objeto.
·         Quando o objeto materno está danificado é pouco provável que a criança recorra a um fenômeno transicional.
·         Fenômenos Transicionais: área criada com os objetos transicionais, também denominada de transicionalidade.
·         Características do objeto:
a)     Criança afirma uma série de direitos
b)     O objeto é afetuosamente ninado e excitadamente amado e mutilado;
c)     Deve sobreviver ao ódio, amor e agressão (possibilita a criança um fim construtivo e criativo).
·         A ligação e o afastamento do objeto transicional deixa um espaço na mente do indivíduo, intermediário entre o externo e interno que se produz muitas das atividades criativas do homem.

6.    Verdadeiro Self e Falso Self
·         Quando a mãe não fornece proteção necessária ao frágil ego recém-nascido, o bebê percebe esta falha como uma ameaça a sua existência.
·         O bebê vai substituir a proteção que lhe falta por uma “fabricada” por ele.
·         A satisfação de um instinto resulta em fortalecimento do ego ou do self verdadeiro.
·         O falso self é uma estrutura defensiva tem a função de proteger o verdadeiro self de condições ambientais anormais.
·         As repetidas falhas maternas em satisfazer o gesto do bebê ou substituí-lo levarão a submissão, sendo o estágio inicial do falso self.
·         Quando a adaptação da mãe é suficientemente boa, o bebê experimenta a onipotência até a sua renúncia, e gradativamente reconhece o objeto externo.        
·         Quando a adaptação da mãe não é suficientemente boa, o processo de uso de símbolo fica fragmentado e o bebê permanece isolado, assim, para sobreviver é forçado a uma falsa existência.

·         Self Verdadeiro
Espontâneo.
Criativo
Sente-se real.

         ·         Falso Self
         Sensação de irrealidade.
         Sentimento de futilidade.

·         Graus do Falso Self
a)   Oculta o VSelf: se implanta como real, é a pessoa real, porém, as carências essenciais acabam por denunciar o Falso Self.      
b)   Defende o VSelf: ao VSelf é permitido uma vida secreta.
c)   Representação do FSelf: em atitudes sociais polida e amável (saudável).

·         Análise do Falso Self
a)     Esta associada a uma rigidez de defesas.
b)     O contato inicial do analista é com o FSelf.
c)     O analista deve estar preparado para a extrema dependência que antecede à emergência do VSelf.
d)     O maior progresso na área do FSelf é reconhecer a não-existência  do paciente.

7.    O Método Psicanalítico: observação direta da criança

·         Estudo da qualidade da interação e da adaptação da criança ao meio ambiente, através da reação do bebê por meio de gestos, a objetos que lhe eram apresentados.
·         Avidez da criança diante do mundo: atitude subjetiva que comporta sua realidade psíquica, suas pulsões agressivas e criativas.
·         Observação: análise de como o bebê interage com o objeto dá acesso aos elementos do mundo subjetivo e de sua  organização, de sua dinâmica interno – externo.
·         Refere-se a criança real e a reconstituída na experiência analítica.
·         Elaboração das relações mãe-criança, o movimento vital da criança quando “cria” sua mãe – fenômeno de ilusão.
·          Analista deve levar em conta a organização única do self de cada paciente, transmitidos: fala, agir e viver nos detalhes idiossincráticos de sua existência.
·         Transferência: movimento do paciente em direção ao analista, que por sua vez, deixa se encontrar por este paciente, em sua singularidade. O analista deixa ser “criado” pelo paciente, assim como, ser destruído, coloca-se no lugar de objeto subjetivo.
·         A clínica psicanalítica beneficia-se da relação mãe-bebê e do “holding”: a atenção do analista e o trabalho interpretativo criam o ambiente que propiciará a evolução do tratamento.
·         Reproduz-se em certa medida o ambiente de holding dos cuidados maternos.

11 de nov. de 2013

Resumo: Métodos de Pesquisa - Unidade I e II

MÉTODOS DE PESQUISA - UNIDADE I e II
1.    Pesquisa como produção de conhecimento
a)  Atualmente os métodos científicos têm validade tanto para ciência quanto na busca de tecnologia, e podem:
· Priorizar o abstrato e teórico e subestimar as sensações e o experimento;
· Entender a comprovação experimental fundamental.

1.1. Conceito de tecnologia
a)       Busca de conhecimento de como produzir e desenvolver instrumentos de trabalho, equipamentos e processos.
b)       Destina-se a elevar a produção com a diminuição de esforço físico e melhorar a qualidade de vida.
c)       Até o século XVII ciência e tecnologia não estavam conectadas (C&T). O relcionamento entre ambas se dá com a Revolução Científica.
1.2. Conceito de Pesquisa
a)       Exercício ou prática da busca pelo conhecimento, conduzido por meio de método científico, se classifica em:
· Básica (fundamental): objetiva a expansão do saber, sem utilização imediata dos resultados;
· Aplicada (estratégica): com propósito de gerar inovações para solucionar problemas.
1.3.  Conceito de desenvolvimento experimental
a)       Diversas etapas de transformação de uma descoberta ou invento.
b)       Tem seu início em uma bancada de laboratório, sendo progressivamente testado em escalas cada vez maiores (scale-up) até chegar ao estágio de protótipo. Este conjunto de operações é definido como atividade de Pesquisa e Desenvolvimento, P&D.
c)       Pode ocorrer por cooperação entre laboratórios ou trabalho integrado entre pesquisadores.
1.4.  Conceito de estado de conhecimento ou “estado da arte”
a)       É a avaliação qualitativa e quantitativa do conhecimento em um determinado momento.
b)       Referente ao campo da ciência (descobertas, invenções) ou técnica (inventos, inovações).
1.5.  Processo de geração de conhecimento
a)       A atividade nas áreas de C&T e de P&D tenha como resultado os produtos, as descobertas e inovações (laboratórios de universidades, centros de pesquisa, oficinas, parques-tecnológicos, incubadoras de empresas de universidades, etc).
b)       Inovação: invenção que tem condições de ser absorvida pelo setor produtivo, transformando-se em mercadoria.
·  Processo: tem o progresso tecnológico incorporado, implica economia de pelo menos um recurso.
·  Produto: não esta voltada para poupar recurso, mas incrementar a demanda de um determinado bem.

2.    Tipos de Pesquisa
2.1. Definição pesquisa          
a)       Compreende qualquer atividade criativa e sistemática realizada com o fim de incrementar o acervo do conhecimento científico e conceber novas aplicações.
b)       É necessário que o pesquisador tenha uma clara distinção dos diversos tipos de conhecimento e uma sólida fundamentação epistemológica.
2.2.  Quanto à natureza
a)       Pesquisa básica: objetivo a busca do saber.
b)       Pesquisa teórica: dedicada a reconstruir a teoria, aprimorar fundamentos teóricos.
c)       Pesquisa empírica: produz e analisa dados pela via do controle empírico e factual.
d)       Pesquisa aplicada: busca de solução para problemas concretos e imediatos.
2.3. Quanto aos objetivos
a)       Pesquisa exploratória (Como?): procurar descobrir teoria e práticas que modifiquem as existentes. É feita por meio de:
·  Levantamentos bibliográficos;
·  Entrevistas com profissionais da área;
·  Visitas as instituições, empresas, etc;
·  Websites.
b)       Pesquisa descritiva (O quê?): Observa, registra e analisa os fenômenos, sem manipulá-los, e é muito utilizada em pesquisas sociais.
·  Observação sistemática;
·  Pesquisa não participante;
·  Uso de técnicas padronizadas de coleta de dados.
c)       Pesquisa explicativa (Por quê?): visa ampliar generalizações, definir leis, estruturar e definir modelos, relacionar hipóteses existentes.
·  Maior investimento na teorização e reflexão sobre o objeto;
·  Aplicação de métodos de modelagem e simulação.
2.4. Quantos aos procedimentos
a)       Pesquisa experimental: manipula variáveis relacionadas ao objeto de estudo.
·  Utilizada para obter novos conhecimentos e construção de protótipos.
·  Requer manipulação e coleta de dados imparcial.
b)       Pesquisa de laboratório: artificializa a produção do fato ou da sua leitura.
c)       Pesquisa operacional: investigação sistemática dos processos de produção. Utiliza ferramentas estatísticas e métodos matemáticos.
d)       Pesquisa Ex-post-facto: investigação sistemática e empírica em que o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis, porque os fatos já ocorreram.
e)       Levantamento: interrogação direta das pessoas, cuja opinião se quer conhecer. Útil para pesquisas exploratórias e descritivas.
·  Conhecimento direto da realidade.
·  Quantificação, economia e rapidez.
·  Etapas: seleção de amostra; aplicação de questionários; tabulação dos dados; análise com uso de estatística.
f)        Pesquisa de campo: observa o lugar natural em que ocorre o fenômeno (in natura).
g)       Estudo de caso: estudo aprofundado e exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo seu conhecimento amplo e detalhado.
·  Adequado para explorar situações da vida real.
·  Explicar as variáveis causais do fenômeno.
·  Limitações: falta de rigor metodológico; dificuldade de generalização; tempo destinado à pesquisa.
h)       Pesquisa-ação: tipo de pesquisa social com base empírica, concebida e realizada associada a uma ação ou resolução de um problema coletivo.
·  Participantes e pesquisadores estão envolvidos de modo cooperativo e participativo.
2.5. Quanto à natureza da informação
a)       Pesquisa quantitativa: traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.
·  Observação sistemática: registro da ocorrência de comportamentos durante um período de tempo.
·  Questionário: o questionário deve seguir uma estrutura lógica, com o objetivo de cada questão de forma clara e instruções.
·  Entrevista: encontro entre pesquisador e o objeto de estudo, servem para coleta de dados não documentados. Considerar a distribuição do tempo por assunto e a formulação de perguntas com respostas descritivas.
b)       Pesquisa qualitativa: interpretação de fenômenos e a atribuição de significados e não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave.
·  Observação participante: contato direto do pesquisador com o fenômenos observado.
c)       Pesquisa bibliográfica: deve anteceder todos os tipos de pesquisa, pois o pesquisador em contato com o que existe sobre o tema. É feita a partir de documentos e compreende etapas
·  Identificação e localização das fontes.
·  Consulta aos catálogos da biblioteca.
·  Exame de índices periódicos.
·  Consultas aos abstracts.
·  Três tipos de fontes de informação: primária, secundária e terciária.
·  Permite: determinar objetivos, construir hipóteses e oferece elementos para justificativa do tema.
d)       Pesquisa documental: realizada em documentos conservados de órgãos públicos, anais, regulamentos, ofícios, memorandos, etc.

3.    Projeto de Pesquisa
3.1. Objetivos da pesquisa
a)       Contribuição inovadora para a ciência.
b)       Responder uma pergunta de interesse para a comunidade.
c)       Responder uma pergunta ainda não respondida.
d)       Responder uma pergunta de interesse social.
e)       Contribuição inédita em uma área do conhecimento.
3.2. Ponto de partida da pesquisa
a)       Só é necessária quando uma dúvida a ser esclarecida.
b)       O problema: dúvida inicial que motiva e orienta a pesquisa.
c)       Qual é a questão para qual se busca a resposta? (clareza e argumentação).
d)       Prazo determinado para realizar a pesquisa.
e)       Delimitação dos tipos de relação do objeto principal de estudo.
f)        Utilizar perguntas que estruturem o desenvolvimento do projeto:
·  O que pesquisar – Tema. 
·  Por que pesquisar – Justificativa.
·  Para que pesquisar – Objetivos. 
·  Como pesquisar – Metodologia. 
·  Quando pesquisar – Cronograma.
3.3.  O que pesquisar?
a)       Há várias formas de escolher o tema:
·  Escolha pela instituição;
·  Escolha pela área de especialização;
·  Escolha pela lacuna na formação;
·  Escolha baseada na relevância para a área;
·  Escolha visando revisão teórica e prática;
·  Escolha baseada na aplicabilidade.
b)       O tema é o ponto de partida no trabalho de pesquisa.
c)       Delimita um campo de estudo dentro de uma grande área.
d)       Deve ser escolhido de acordo com as tendências e aptidões do pesquisador.
e)       Para avaliar a escolha pode se fazer as seguintes perguntas:
·  É um problema original e relevante?
·  É adequado para mim?
·  Tenho possibilidades reais de executar?
·  Existem recursos para o estudo?
·  tempo suficiente?
·  Quais são as partes do tema?
·  Qual o contexto do tema?
·  Qual a importância do tema?
·  Quem deu contribuições relevantes ao tema (outros autores)?
·  O que resta por investigar do tema?
3.4. Por que pesquisar?
a)       A justificativa mostra a relevância da pesquisa e identifica quais contribuições para a compreensão, intervenção e solução a pesquisa apresentará.
b)       O pesquisador deverá ter lido a bibliografia principal
c)       Apresenta as lacunas que existem nos estudos até então realizados.
d)       Contribuição será preencher as lacunas ou demonstrar de forma crítica que o que se entendia é uma interpretação incongruente com a realidade atual.
e)       Que motivos justificam um projeto de pesquisa:
·  Atualidade do tema.
·  Ineditismo do trabalho.
·  Interesse do autor.
·  Relevância do tema.
·  Pertinência do tema.
3.5.  Para que pesquisar?
a)       Os objetivos indicam o que se pretende conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que se deseja alcançar.
b)       Objetivos gerais: indicam uma ação ampla (resultado pretendido). Referem-se à contribuição teórica que se espera alcançar.
c)       Objetivos específicos: descrevem ações pormenorizadas ou aspectos detalhados que levarão à realização dos objetivos gerais. Apresentam o resultado imediato do trabalho científico.
3.6.  Como pesquisar?
a)       A metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda a ação desenvolvida no trabalho de pesquisa. Descreve a estratégia de pesquisa para coletar dados e testar a hipótese formulada.
b)       Pode combinar métodos qualitativos e quantitativos.
c)       A metodologia explica:
·  O tipo de pesquisa;
·  O instrumental utilizado;
·  O tempo previsto;
·  A equipe de pesquisadores e a divisão do trabalho;
·  As formas de tabulação e o tratamento de dados;
·  Tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
3.7.  Quando pesquisar?
a)       O cronograma deve descrever o tempo necessário para a realização de cada uma das partes propostas no projeto.
b)       As etapas podem ser coincidentes, mas não excludentes.

4.    O Relatório de Pesquisa
4.1. Definição
a)       É um documento que mostra:
·  Como o projeto foi executado;
·  Que dados foram coletados;
·  Como esses dados foram analisados;
·  Que resultados podemos extrair deles.
b)       O projeto pode ser retomado no relatório como relato da realização desse trabalho.
c)       É a primeira divulgação da pesquisa efetuada, pois sem divulgação não servirá a seu fim.
4.2. Passos para a divulgação da pesquisa
a)       Formular a pergunta.
b)       Realizar a pesquisa.
c)       Interpretar os resultados.
d)       Divulgar os resultados.
4.3. O que considerar no relatório ou resumo
a)       O texto deve ser conciso, informativo,  com maior ou menor detalhamento.
b)       Apresentar o aparato teórico que deu suporte à pesquisa.
c)       Esclareça conceitos importantes, apresente, discuta e se posicione a respeito de diferentes visões e abordagens.
4.4. Como escrever um relatório
a)       Identificação:
·  Capa simples: Nome da instituição; título do trabalho; nomes; local e data.
·  Identifique: Projeto; n° processo; bolsista; orientador; local de execução e vigência.
b)       Resumo: é a apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto, ressaltando sua progressão e articulação.
·  Tamanho: um só parágrafo; frases pouco extensas; terminologia específica; ordem direta das frases.
·  Contém: Identificação; Introdução; Material e métodos; Resultados; Discussão/Conclusões; Apoio.
c)       Introdução: deve esclarecer qual a pergunta que está fazendo (tema) e por que vale a pena fazê-la (justificativa).
·  Contém: Objeto de pesquisa; resumo do projeto com problema e objetivos; razões da pesquisa; o que levou o pesquisador a esta investigação.
·  Permite: estabelecer o estado atual do problema a ser investigado, a importância do trabalho, limita o problema e situa no setor especializado.
·  Informar: antecedentes do tema; tendências; natureza e importância do tema; justificativa, relevância; contribuições; objetivos do estudo.
d)       Material e métodos: mostra o que você utilizou e o que fez para responder à questão colocada como tema.
·  Sujeitos da pesquisa: quem são; faixa etária; sexo; grau de escolaridade; diferenças entre grupos; entre outros.
·  Métodos de coleta de dados (procedimentos): que materiais foram utilizados; como os dados foram coletados, etc.
·  Materiais: equipamentos; reagentes e outros itens; informar fabricante e fornecedor.
·  Métodos: descrever os procedimentos detalhados e que possam ser reproduzidos com materiais e equipamentos descritos.
e)       Resultados: quais as respostas encontradas. A descrição deve ser clara e objetiva, resumindo os achados principais, detalhando-os em tabelas e figuras.
·  Tabelas: usar o menor número possível e incluir todas as informações necessárias; numerá-las sequencialmente; título informativo, colocado acima; notas no rodapé, abaixo da tabela.
·  Figura: numeradas sequencialmente; título informativo, colocado abaixo da figura; figura deve ser auto-explicativa.
f)        Discussão/Conclusões: retomar os objetivos propostos na introdução, fazer um breve resumo do que foi feito e apresentar as principais conclusões.
·  Apresentar: deduções lógicas e fundamentadas; conter comentários e conseqüências próprias da pesquisa.
·  O que estas respostas encontradas nos resultados significam?
·  Como elas ajudam a resolver o problema?
·  Quais as principais dificuldades encontradas?
·  Quais as perspectivas de continuidade do trabalho?      
g)       Bibliografia: permite a identificação das publicações utilizadas.
·  Não listar se não citar; não citar se não listar.
·  Existe formato apropriado para cada tipo de publicação.
·  Citação: confere credibilidade; existe três formas diferentes de mencionar o autor (citação literal, paráfrase e plágio – crime).
·  Citação literal: citações longas; citações curtas; citação de citação.
h)       Perspectivas de continuidade ou desdobramento do trabalho: identificar se o projeto foi concluído ou será continuado.
i)         Apoio: citar as agências de financiamento (CNPq e UNIP).
j)         Agradecimentos: pessoas ou instituições que colaboraram.