ALTAS HABILIDADES
1)
Definição
·
Aptidões
biopsicológicas acima dos padrões de desenvolvimento culturalmente aceitos e
cientificamente reconhecidos para a faixa etária correspondente.
·
Aluno portador de necessidades especiais:
apresenta limitações de ordem física (auditiva, visual, mental,
motora), psicológica ou emocional, relativamente à sua faixa etária e aos padrões vigentes.
2)
Avaliação psicológica de alunos
·
Deve ser feita o mais cedo possível, a fim de
atender suas necessidades, capacidades e ajustamento socioemocinal.
·
Contextualizar um planejamento pedagógico
e/ou orientação educacional junto a uma equipe
multidisciplinar.
·
A avaliação deve ser feita com uma visão sistêmica e global do indivíduo e não apenas sua inteligência
superior medida por meio de testes
de inteligência (medido de maneira abrangente e multidimensional considerando
contexto sócio-histórico e habilidades).
·
Avaliação deve permitir sujeito reconhecer
e entender o que se passa consigo
mesmo, seu potencial e habilidades para desenvolver-se.
·
É o processo
científico, limitado no tempo,
realizado por um psicólogo.
·
Procura compreender
o indivíduo em sua globalidade, utilizando
técnicas de entrevista, de observação e de testes psicológicos.
·
O conjunto de informações obtidas pelo psicólogo junto ao aluno, à escola e à
família mapeará as condições cognitivas, sociais e afetivas desse
aluno, para conduzir uma melhor qualidade
de vida.
·
Metodologia:
a)
Entrevista de anamnese com os pais ou
responsáveis;
b)
Entrevistas com o aluno em que são aplicados testes de inteligência (Raven e WISC-R);
c)
Instrumentos que avaliam autoconceito e criatividade (Teste
Torrance de Pensamento Criativo);
d)
Jogos , brincadeiras, desenhos e produções
espontâneas;
e)
Visitas à escola e encontros com os professores;
f)
Ao término é feita uma entrevista de devolutiva
aos pais e professores, que serão orientados sobre o desenvolvimento acadêmico,
emocional e social.
·
Testes de Inteligência:
a)
Alfred Binet (1857-1911)
(1) Inventor
do primeiro teste de inteligência;
(2) O
teste mensurava o desenvolvimento da inteligência de crianças de acordo com a
idade mental;
b)
Lewis Terman (1877-1956)
(1) Estudo
de crianças com altas habilidades;
(2) Propôs:
QI acima de 141 – Genialidade; QI 90 a 109 – Normal.
c)
Raven Standard Progressive Matrices
(1) Em
2005 foi o teste QI mais usado no mundo.
d)
David Wechsler
(1) WAIS-III:
teste individual mais usado.
(2) WISC-III:
teste de Q.I individual mais administrado em pessoas de seis a dezesseis anos.
(3) Propôs:
QI acima de 127 – Superdotação; QI 91 a 110 – Normal.
3)
O papel da família
·
A maior preocupação esta no descompasso entre desenvolvimento
intelectual avançado e o emocional, compatível com a faixa
etária.
·
A família deve acompanhar o desempenho do aluno
no contexto educacional.
·
Oferecer atendimento às suas necessidades.
·
Receber orientação no processo adaptação às
circunstâncias.
4)
O papel da escola
·
O professor
é o principal agente pedagógico.
·
A identificação das altas habilidades deve
iniciar na sala de aula.
·
O professor pode realizar suas observações e
anotações para estimulá-los e facilitar o desenvolvimento.
·
Descobrir o interesse do aluno consiste na questão central para torná-lo motivado, para que demonstre seu potencial e sua criatividade.
·
Possibilitar
ao aluno a socialização com os
colegas de classe.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL
1)
Definição
·
Funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média (escore
em testes de inteligência inferior a 85).
·
Falhas
no comportamento adaptador (independência e
responsabilidade social esperado para o grupo etário e cultural).
·
Apresentam lentidão no uso da memória,
associação e classificação de informações, raciocínio e julgamentos adequados.
·
Alfred Binet classifica as crianças deficientes
mentais pelo QI em quatro categorias: idiota, imbecil, débil e retardada.
·
A definição modificam-se ao mencionar o fator
adaptabilidade:
a)
Comportamento
adaptador: fatores externos à criança, que consistem no quadro ambiental em
que o sujeito se desenvolve (se um determinado ambiente cria mais condições do
que outro).
b)
Autores concordam que o comportamento adaptador das crianças deficientes mentais pode ser influenciado por treinamento.
c)
É possível minimizar
a deficiência mental e até a incapacidade educacional por meio de uma programação educacional ou modificações no ambiente social do sujeito.
2)
Classificação
·
Os testes de inteligência que irão determinar
seu grau.
·
Não pode ser reduzido a um número expresso em
QI.
·
David Wechsler avalia pelo QI:
a)
QI 100 está na média;
b)
QI acima de 100 são superdotados;
c)
QI abaixo de 100 são infradotados.
·
A forma de avaliação postulada por Binet e
Wechsler provocou críticas de vários autores contemporâneos (Piaget, Vygotsky,
Luria, Sternberg, Feuerstein, entre outros).
·
Forma mais atual
de avaliar DM é proposto por três parâmetros:
a)
Grau
de deficiência determinados pelo QI
ou estádios piagetianos.
b)
As dificuldades na conduta adaptativa.
c)
O grau
de educabilidade (educáveis e
treináveis) que determinam as possíveis ações ou intervenções psicopedagógicas.
·
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-IV):
a)
DM é um transtorno
generalizado do desenvolvimento;
b)
Caracterizado por ter um funcionamento intelectual
geral significativamente inferior à média;
c)
Estar
ligado a déficits significativos no funcionamento adaptativo;
d)
Ter início antes
dos dezoito anos de idade.
e)
Deficiente
mental leve
(1) Corresponde
a 85% de toda a população com DM.
(2) São
conhecidos como educáveis e na infância, desenvolvem habilidades sociais e
comunicação.
(3) Poucas
dificuldades sensório-motoras.
(4) Não
são diferenciados de outras crianças até em idades mais avançadas.
(5) Conseguem
atingir até a sexta série do ensino.
f)
Deficiente
mental moderado
(1) Corresponde
a 10% de toda a população com DM.
(2) São
conhecidos como “treináveis”.
(3) Podem
aprender a falar e a se comunicar.
(4) Dificilmente
passarão da segunda série.
g)
Deficiente
mental grave
(1) Corresponde
a 3 a 4% da população DM.
(2) Dificuldade
desenvolvimento motor
(3) A
compreensão e expressão da linguagem se desenvolvidas serão pequenas.
(4) Podem
adquirir hábitos de higiene básica.
(5) Possuem
prejuízo nas áreas da alfabetização e matemática.
h)
Deficiente
mental profundo
(1) Corresponde
a 1 a 2% da população DM.
(2) Têm
um funcionamento sensório-motor mínimo.
(3) Exigem
cuidados até o fim da vida.
3)
Causas
·
Infecção ou intoxicação;
·
Trauma ou agente físico;
·
Metabolismo ou nutrição;
·
Doença cerebral grave;
·
Influência pré-natal desconhecido;
·
Anomalia cromossômica ou genética;
·
Distúrbios da gestação;
·
Retardo recorrente de distúrbio psiquiátrico;
·
Influências ambientais;
·
Distúrbios genéticos específicos
a)
Síndrome de Down: leva o sujeito à deficiência
mental moderada ou leve, com dificuldades de aprendizagem. Pode ser global (todas as células afetadas) ou mosaico (algumas células afetadas).
b)
Fenilcetonúria: leva ao retardo mental grave,
traz dano severo ao cérebro em formação.
·
Fatores teratogênicos (relacionados ao ambiente)
a)
Intrínsecos: incidência da Síndrome de Down na
família e idade avançada dos pais;
b)
Extrínsecos: Irradiações, Doenças maternas,
álcool, chumbo (tinta de parede).
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