DEFICIÊNCIA FÍSICA
1)
Definição
·
Disfunção
ou interrupção dos movimentos de um ou dois membros:
superiores, inferiores ou ambos.
·
Paralisia:
perda da capacidade de contração muscular voluntária por interrupção funcional
ou orgânica na via motora (do córtex cerebral até o próprio músculo). É quando
todos os movimentos em tais proporções
são impossíveis.
·
Paresia:
movimento que está limitado ou fraco. A motilidade se mostra num padrão abaixo
do normal, no que se refere à força muscular, à precisão do movimento,
amplitude e à resistência muscular localizada.
2)
Classificação das paralisias
·
Monoplegia:
um membro é afetado, é raro.
·
Diplegia:
membros superiores afetados.
·
Paraplegia:
membros inferiores afetados, resultante de lesão medular torácica ou lombar,
altera a função medular e produz além de déficits sensitivos e motores,
alterações viscerais e sexuais.
·
Hemiplegia:
membros do mesmo lado são afetados.
·
Triplegia:
três membros são afetados, é raro.
·
Tetraplegia/quadriplegia:
todos os membros são afetados, apresenta lesões na sexta e sétima vértebra.
3)
Causas
·
Paralisia
cerebral: deficiência da função
motora devido a uma lesão cerebral no momento do parto. A criança pode
apresentar níveis de mobilidade e ter sua vitalidade e aparência física
comprometidas. (prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola,
toxoplasmose, trauma de parto, subnutrição).
·
Hemiplegias:
Por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral e
outras.
·
Lesão
medular: por ferimento de arma de fogo, arma branca, acidentes de trânsito,
mergulho em águas rasas, traumatismos diretos, quedas, processos infecciosos,
processos degenerativos, entre outros.
·
Amputações:
causas vasculares, traumas, malformações congênitas, causas metabólicas,
outras.
·
Distrofia
muscular: fraqueza progressiva e atrofia dos músculos do esqueleto. Afeta a
mobilidade, vitalidade física e aparência comum (autoimagem).
·
Malformação
congênita: Presente no nascimento, qualquer defeito na constituição de
algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica
estrutural presente no nascimento por causa genética, ambiental ou multifatorial.
a)
Programação genética imperfeita;
b)
Fatores ambientais alteraram a formação.
DEFICIÊNCIA
MOTORA
1)
Definição
·
É o resultado da maturação de alguns tecidos
nervosos, aumento do tamanho e complexidade do sistema nervoso central (SNC), crescimento de ossos e músculos.
·
A aquisição
das habilidades motoras básicas ocorre com uma
sequência previsível de desenvolvimento, apesar
da diversidade devido aos fatores socioculturais.
·
Existem situações em que a variabilidade
ultrapassa o limite normal, adquirindo características
de desvio, chamada deficiência motora.
·
É um atraso
excessivo (desordem orgânica) na aquisição de habilidades motoras básicas. As razões dessa condição são múltiplas, e seus processos, particulares.
·
A criança pode ter aprendido as habilidades
motoras básicas, entretanto, sua reconstrução
na forma de habilidades funcionais que permitam interagir
plenamente com seu ambiente natural e social, não ocorreu.
·
Na década de 80 essa deficiência passou a ser
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).
·
De acordo com DSM-IV podemos classificar o TDC pelos seguintes sintomas:
a)
Comprometimento
do desempenho de atividades diárias tendo por base a idade
cronológica e a inteligência;
b)
Propensão para deixar cair objetos;
c)
Baixo
desempenho em atividade desportiva;
d)
Grafia
insatisfatória;
e)
Rendimento
escolar afetado significativamente;
f)
Fraco
desempenho de rotinas diárias.
·
Transtorno
específico do desenvolvimento motor
a)
Comprometimento grave do desenvolvimento da
coordenação motora;
b)
Não atribuível exclusivamente a um retardo
mental global ou afecção neurológica específica, congênita ou adquirida;
c)
Sinais que evidenciam imaturidade acentuada do desenvolvimento
neurológico;
·
CID-10
o Transtorno Específico do Desenvolvimento da Função Motora
a)
Principal característica é o grave
comprometimento da coordenação motora;
b)
Não está diretamente ligada ao retardo
intelectual global ou a qualquer transtorno neurológico, congênito ou
adquirido;
c)
Compromete
a execução de tarefas cognitivas visoespaciais e resulta em dificuldades
no desempenho acadêmico, sociais e emocionais;
d)
A ausência
de sinais neurológicos clássicos leva a uma atitude de incredulidade
diante do problema, negligenciando-se a sua existência ou a crença de recuperação do estado de dificuldade motora.
2)
Estudo do desenvolvimento motor:
·
Área
médica: investigar determinantes que levam à ocorrência do problema.
a)
Antecedentes ou fatores presentes nos momentos
iniciais da vida;
b)
Condições do nascimento (peso, idade de
gestação, asfixia perinatal);
c)
Condições do recém nascido durante as primeiras
semanas;
d)
O desenvolvimento até o início da escolarização.
·
Área
psicopedagógica: investiga o impacto do TDC, no primeiros anos escolares,
sobre o futuro escolar durante a adolescência.
·
Em ambas as áreas os autores são unânimes em afirmar que as crianças portadoras de TDC não se recuperam de suas transtornos motores espontaneamente.
·
Pode haver diminuição
natural com o passar dos anos, mas não a sua eliminação.
·
Levando-os a receber rótulos ou apelidos e a
um comprometimento de sua autoestima.
·
Por isso o professor deve estar atento a fim de
realizar diagnósticos, fazer encaminhamentos e propor atividades pedagógicas direcionadas às
dificuldades da criança.
3)
Intervenção Educacional
·
No momento em que nasce uma criança com deficiência, ocorre na família, em
especial com os pais, uma “morte
simbólica”.
·
Os projetos
e as fantasias sobre o bebê
precisam ser reelaborados e novas perspectivas construídas.
·
Nem sempre os pais estão preparados,
por isso é necessário o apoio
teórico-afetivo de uma equipe especializada (médicos, psicólogos,
pedagogos, etc).
·
Atitudes de ansiedade
e angústia do meio familiar e reações de curiosidade, piedade e rejeição do meio social, podem acarretar uma fragilidade
afetiva na criança.
·
A criança começa seu percurso vital com grande defasagem em relação às outras
consideradas “normais”, pois quando a área motora
ou sensorial não se desenvolve,
outras áreas podem ser afetadas.
·
Os objetivos de intervenção pedagógica tanto
escolar como familiar:
a)
Dotar a criança de máxima independência pessoal,
mediante o desenvolvimento físico;
b)
Proporcionar à criança meios de expressão
eficientes;
c)
Favorecer a criação de hábitos de estudo e
trabalho;
d)
Oferecer uma sólida formação humanística
integral;
e)
Impulsionar a capacidade de expressão por meio
da criação artística;
f)
Preparar a criança para o exercício responsável
da liberdade.
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