Autor(es)
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Weinberg, Robert S; Gould, Daniel.
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Artigo
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Fundamentos
da Psicologia do Esporte e do Exercício.
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PARTE
I
A psicologia do esporte
e do exercício consiste no estudo
científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e na aplicação
prática desse conhecimento.
Os psicólogos do esporte e do exercício
procuram entender e ajudar
atletas de elite, crianças, indivíduos física e mentalmente incapacitados,
idosos e praticantes em geral a alcançarem
desempenho máximo, satisfação pessoal e desenvolvimento por meio da
participação.
Pesquisadores
têm duas
metas principais:
o (a)
entender como os fatores psicológicos afetam o desempenho motor;
o (b)
entender como a participação na atividade física afeta o desenvolvimento psicológico.
1965: O primeiro Congresso Mundial de Psicologia do Esporte é realizado em Roma.
Desde 1970, também
patrocina o International Journal of Sport Psychology (IJSP). O mérito por grande parte do desenvolvimento da psicologia do
esporte é atribuído ao psicólogo do esporte italiano Ferruccio Antonelli, que
foi o primeiro presidente dessa sociedade e o primeiro editor do
jornal.
Teoria
da Facilitação Social (Zajonc, 1965)- Ele
notou que quando as pessoas realizavam tarefas simples ou tarefas que conheciam
bem, ter uma plateia influenciava positivamente o desempenho. Entretanto, quando
as pessoas realizavam tarefas desconhecidas ou complexas, ter uma plateia
prejudicava o desempenho. Em sua teoria da facilitação social, Zajonc defendia
que uma plateia provoca a ativação do executante, o que prejudica o
desempenho de tarefas difíceis que não foram aprendidas (ou bem aprendidas) e
ajuda o desempenho de tarefas bem aprendidas.
Orientação
psicofisiológica:
estudam comportamentos por meio de seus processos psicofisiológicos subjacentes que ocorrem no cérebro (p.
ex. técnicas de biofeedback).
Orientação
sociopsicológica:
se focalizam em como o comportamento
é determinado por uma interação complexa entre o ambiente e a constituição pessoal (p. ex. capitão time favorece coesão grupo).
Orientação
cognitivo-comportamental:
pressupõe que o comportamento é determinado
tanto pelo ambiente como pela cognição e que os pensamentos e as interpretações
desempenham um papel especialmente importante (p. ex. avaliar autoconfiança,
orientação para objetivo, motivação intrínseca).
PARTE
II
Personalidade: é a
soma das características que tornam uma pessoa única. O estudo da personalidade
ajuda-nos a trabalhar melhor com alunos, atletas e praticantes.
1.
Núcleo psicológico –
nível mais básico, profundo e estável, inclui atitudes, valores, interesses e
motivações, como também, crenças sobre si e autoconhecimento, seu “eu real”.
2.
Respostas típicas –
aprendemos a nos ajustar ao ambiente, resposta ao mundo a nossa volta.
3.
Comportamento
relacionado ao desempenho de papéis – aspecto mais variável da personalidade,
muda à medida que mudam as percepções do ambiente (p. ex. papel aluno,
funcionário, pai, filho).
Estudo da
Personalidade a partir de 5 pontos de vista:
1.
Abordagem Psicodinâmica
– Freud/Jung/Erickson, determinantes inconscientes do comportamento Id (impulsos
instintivos) como eles entram em conflito com os aspectos mais conscientes da
personalidade superego (cs moral) ou com o ego (personalidade cs). Centrada pessoa
como um todo do que traços isolados.
2.
Abordagem Traço – unidades
fundamentais personalidade (traços) são permanentes e consistentes em diversas
situações. Consideram que as causas dos comportamentos residem dentro da
pessoa, minimizando o papel de fatores situacionais ou ambientais.
3.
Abordagem
Situacional – comportamento é em grande parte determinado pela situação ou
ambiente. Deriva da Teoria da Aprendizagem Social (Bandura), explica
comportamento em termos de aprendizagem por observação (modelagem) e reforço
social (feedback), que moldam como você se comporta.
4.
Abordagem
Interacional – considera a situação e a pessoa (traços pessoais) como
co-determinantes do comportamento, interagindo para influenciar este.
5.
Abordagem
Fenomenológica – orientação mais popular atualmente. O comportamento é melhor
determinado considerando-se as características situacional e pessoal,
entretanto não busca traços e sim entendimento e a interpretação da pessoa de
si mesma e de seu ambiente.
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Exercícios e níveis
aumentados de condicionamento parecem estar associados com aumentos na autoestima,
especialmente entre indivíduos incialmente com baixa autoestima.
Ativação:
intensidade das dimensões de motivação em determinado momento. A intensidade da
ativação ocorre ao longo de um continuum (nem um pouco excitado – completamente
excitado).
Ansiedade:
estado emocional negativo caracterizado pelo nervosismo, preocupação e apreensão
associado com ativação ou excitação do corpo.
o Ansiedade-estado:
estado emocional temporário, em variação, com sentimentos de apreensão e tensão
conscientes, acompanhados por ativação do SN autônomo.
§ Ansiedade-estado
cognitiva – grau em que a pessoa se preocupa ou
tem pensamentos negativos.
§ Ansiedade-estado
somática – mudanças de momento a momento na
ativação fisiológica, não é necessariamente a mudança, mas a sua percepção.
o Ansiedade-traço: faz
parte da personalidade, é uma tendência ou disposição comportamental de
perceber como ameaçadoras uma ampla variedade de circunstâncias que
objetivamente não são realmente perigosas.
Estresse: desequilíbrio
substancial entre as demandas físicas e psicológicas impostas a um indivíduo e
sua capacidade de resposta, em condições nas quais a falha em satisfazer tais
demandas tem importantes consequências.
o Estágio 1 – Demanda
Ambiental: demanda é imposta física e/ou psicológica.
o Estágio 2 –
Percepção da Demanda: percepção frente a
demanda, o nível de ansiedade-traço influencia a forma como ela percebe o
mundo.
o Estágio 3 –
Resposta ao Estresse: respostas físicas e
psicológicas da situação, e a faz sentir ameaçada o resultado será o aumento da
ansiedade-estado.
o Estágio 4 –
Consequências Comportamentais: comportamento
real do indivíduo sob estresse. O estágio final realimenta-se no primeiro
o Fontes de Estresse
Situacionais: importância do
evento/competição e incerteza a cerca do resultado/avaliação do evento.
o Fontes de Estresse
Pessoais: ansiedade-traço elevada; baixa
autoestima e ansiedade física social (corpo é avaliado).
Parte
III
Competição:
processo social que ocorre quando são dadas recompensas às pessoas com base em
seu desempenho comparado a de outros indivíduos que estejam realizando a mesma
tarefa/evento.
Cooperação:
processo social que ocorre quando são dadas recompensas em termos de realização
coletiva de um grupo que trabalha junto para alcançar determinado objetivo.
Para Martens
competição envolve um processo que engloba 4 estágios:
1)
Situação
competitiva objetiva: padrão para comparação de que deve ser conhecido.
2)
Situação competitiva
subjetiva: modo como a pessoa percebe, aceita e avalia a situação competitiva
objetiva.
3)
Resposta: enfrentar
ou evitar a situação, ocorre nos níveis comportamental, fisiológico e
psicológico.
4)
Consequências:
positivas ou negativas, de sucesso ou fracasso.
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